O FUTURO DO MUSEU NACIONAL DE ARQUEOLOGIA EXIGE PONDERAÇÃO E RESPEITO


Com a publicação da saudação do Dr. Luís Raposo aos Amigos do MNA, do artigo do jornal Publico e da notícia da Antena 1, todos abaixo transcritos, chega ao fim a missão deste blogue independente,
feito por alguns amigos do MNA.

A luta travada nos últimos anos em defesa do MNA, impedindo a sua transferência para a Fábrica da Cordoaria Nacional, foi coroada de êxito.

Ao Dr. Luís Raposo desejamos as maiores venturas na continuação da sua carreira profissional.

Se um dia o MNA voltar a estar em perigo, regressaremos,

porque por agora apenas hibernamos.




quarta-feira, 31 de março de 2010

Entrevista do Director do MNA à revista "Visão"

Em defesa do MNA... alguns comentários (5)

O poder politico parece apostado no ditado popular "de só cajadada matam-se vários coelhos"; espera-se que nem os museus, nem os profissionais, nem os cidadãos estejam com vontade de dar as costas ao cajado....
Ana Luisa Duarte

Apoio inteiramente!
José Adalberto Coelho Alves

O mais importante neste tipo de discussões é ter sempre presente que o património histórico-cultural, a sua conservação e valorização é o mais relevante. Quaisquer que forem as hipóteses de solução em debate do centro da mesa nunca deve sair esta ideia chave. Como em todo o trabalho museológico também na programação e execução de uma política cultural deve haver reflexão, ponderação e bom senso que julgo que prevalecerão, pois o património em questão é demasiado importante para todos. Todos mesmo.
André de Soure Dores

Acho inconcebível que o governo trate estes assuntos com tanta ligeireza, mas pensando melhor, parece que o faz com todos os assuntos de verdadeira importância.
Raquel Ferreira Sousa da Silva

Há processos que não podem ser precipitações sem garantias de segurança, valorização e cujos objectivos não parecem claros e transparentes. A transferência do MNA a decorrer desta forma ameaça inconsequentemente o um valiosíssimo acervo, bem com a identidade de uma centenária instituição de referência para a arqueologia e património de todos os portugueses e portuguesas. É uma questão de elementar bom senso. A mudar, mude-se de forma estruturada (sem correr riscos de paralisações encaixotadas), com rigor té
Sara Cura

Mais uma petição que assino que vai no sentido de muitas outras. Não se consegue perceber o desenvolvimento estratégico deste Portugal. Não há palavras...
Estevão Portela-Pereira

Cumpre-nos, em meu nome pessoal e na qualidade de Presidente do Departamento de Ciências e Técnicas do Património da FLUP, manifestar incondicional apoio a esta declaração (ICOM), que assumimos na sequência da anterior tomada de posição, sobre esta matéria, oportunamente expressa perante a tutela e as autoridades académicas.
Armando Coelho Ferreira da Silva

Faz parte da Democracia resolver as questões em grupo, respeitando os pareceres dos técnicos da especialidade
Fernando de Carvalho Santos e Silva

A instalação de um novo museu nacional de arqueologia não pode sujeitar-se a calendários políticos precipitados e/ou a protagonismos efémeros. Deve ser um projecto seriamente ponderado, assente no trabalho sério de uma equipa competente a constituir formalmente, que deve reunir os contributos das diversas especialidades que um projecto desta natureza e dimensão exige. Face à situação existente, recomendaria a suspensão de qualquer iniciativa que configure o 'despejo' do MNA.
Luís Fernando de Oliveira Fontes

Portugal é dos poucos países do Mundo em que os museus mudam de sítio, sem ser para melhor. Tirar o MNA dos Jerónimos é um erro, pois o MNA sempre cumpriu o seu papel de dar vida aos Jerónimos durante mais de 100 anos. A cordoaria não tem e nunca terá condições para gerir os fluxos de pessoas em volta do museu. Por exemplo onde estacionam os autocarros com alunos das escolas que visitam o MNA?
Paula Alexandra Teixeira Lima

Comentários, para quê...??? está tudo dito e redito, e uma coisa é certa: não pecamos por omissão.
João Luís Cardoso

Em defesa do MNA... alguns comentários (4)

Temos de acabar com esta perda de consciência, valores, cultura e identidade! O MNA deveria ser uma preocupação de todos os portugueses!
João Marreiros

É essencial que não sejam ignorados os pareceres técnicos que foram produzidos, e que li, que colocam questões de segurança que carecem de ser plenamente respondidas e solucionadas antes de se avançar com qualquer mudança do local do Museu.
Eduardo Maldonado

É vital para a Arqueologia portuguesa a manutenção do MNA em pleno funcionamento
Nuno Ferreira Bicho

Haja bom-senso, haja respeito por um museu que guarda as mais antigas raízes culturais deste país.
Manuel Castelo Ramos

Estou incondicionalmente ao vosso lado na luta por uma defesa digna do nosso património
Maria Alda Tanqueiro

Inacreditável, como a obsessão do Museu dos Coches faz perigar a museologia portuguesa. Nem sequer se pensa que os coches e os objectos de arqueologia têm condições próprias de conservação ambiental, que são postas em causa, por quem legisla acerca das condições ambientais em museus. Além disso pretende-se descaracterizar um imóvel como a Cordoaria, dividindo-o e amputando enquanto unidade orgânica do fabrico de cabos e outras indústrias.
Jorge Custódio

Nos dias de hoje a gestão do património não se coaduna com “obras de regime” contra tudo, contra todos e contra toda e qualquer racionalidade; próprios de outros regimes, já passados… Pelo património arqueológico e contra o poder déspota e a governação “em cima do joelho”!
João Pedro Ferreira

É necessário respeitar o MNA e os seus colaboradores. Mudar para pior, não!
V. Machado Borges

O Museu Nacional de Arqueologia só pode mudar depois de realizados estudos geológicos. O Edifício da Cordoaria não tem a sua localização apropriada pelo que todo o espólio do MNA pode correr sérios riscos.
Teresa Pinto

Em defesa do MNA... alguns comentários (3)

Os mais de 100 anos que o MNA leva de vida nos Jerónimos, graças à ilustração, vontade e labor dos seus sucessivos responsáveis, merecem ser olhados com o respeito e a dignidade que tão provecta instituição exige. Uma sociedade que não respeita o seu passado não tem futuro!
Maria Isabel Soares de Luna

A mudar que seja para um edifício construído de raíz, moderno e funcional. De outro modo as colecções do MNA são as mais importantes do País, não podem andar de um lado para o outro. Que fique onde o seu director entende que deve estar.
Ana Cristina Lopes Verdasca

O Museu Nacional de Arqueologia constitui uma grande referência no panorama da arqueologia em Portugal e não pode abandonar-se aos interesses conjunturais da classe política.
Dina Custódio Matias

À parte os interesses envolvidos, é essencial respeitar uma parte tão importante do nosso património. Que lição estamos a dar às gerações futuras sobre o valor do património arqueológico nacional?
Carla João Gama Ferraz

Quem é mesquinho não respeita a grandeza do passado, daí as decisões avulsas, de gabinete, demitindo pessoal competente, perturbando o normal funcionamento de uma admirável instituição e pondo levianamente em perigo o espólio da História, a própria identidade nacional. A raiva de se ser governado por burocratas ignaros e incompetentes!
Jorge Rafael Bacharel Martins de Araújo

A política tem que funcionar lado a lado com a promoção do país e nao e isso que se tem feito com os instrumentos de cultura em Portugal. Se querem governar e ser diferentes, primem por ser MELHORES.
Paula Veiga

Exigimos mais respeito pela Museologia Nacional e pelo MNA.
Carlos Alberto d'Abreu Ferreira Machado

Querem destruir numa legislatura aquilo que se preservou durante milhares de anos
Artur Martins

O Governo é autoritário sem autoridade, medíocre, néscio e imputável. Não tem noção do que é um Museu de Arqueologia.
Cláudio Carneiro

Em defesa da memória de um Povo.
ASSOCIAÇÂO BRAGANÇA HISTÓRICA

O MNA é um digno representante de uma parcela significativa do acervo cultural português, merece ser respeitado na sua existência e no seu trabalho centenário. A Senhora Ministra da Cultura deve sentir-se obrigada, pelo cargo que ocupa, a estar na primeira linha de defesa do que Portugal tem de melhor (a sua cultura e o seu património, pelo que se espera que saiba estar à altura da tarefa que aceitou desempenhar. Não é aceitável, a nenhum título, que a segurança do património à guarda do MNA seja posto em risco.
José António Quelhas Gaspar

Em defesa do MNA... alguns comentários (2)

Como uma má decisão (novo Museu dos Coches) consegue dar em pantanas toda a estrutura física do ex-IPA (com consequências cuja gravidade só mais tarde se poderá avaliar em plenitude) e agora ameaça fazer o mesmo ao MNA. Lamento pelos técnicos envolvidos, mas responsabilizo essencialmente os decisores políticos.
Iolanda Vilarinho

Não é de todo sensato pensar em mudar um Museu desta importância sem que haja um projecto bem definido. É necessário ouvir todas as pessoas entendidas. Um museu desta importância não pode fazer parte de uma agenda política! Penso que a ministra da cultura terá que explicar o porquê de tanta urgência relativamente a esta questão...
Jorge Raposo

Espantoso o desrespeito demonstrado por um museu centenário e pujante. Será o excesso de liquidez do MC a causa desta proposta irrealista e megalómana que é reordenamento dos museus de Belém ?
Rui Proença

Por uma coerente política cultural que defenda o património nacional como uma herança a guardar, a preservar e a divulgar e não como uma peça de um jogo de políticas que tem como objectivo a simples mudança das peças de tabuleiro. Ministros e ministras são simples pessoas que deveriam ter a humildade e a modéstia de entender o seu cargo como uma honra de participar no destino do nosso património, dos vestígios que permaneceram no nosso país quaisquer que tenham sido os reis, os ministros, ou os presidentes
Lídia Fernandes

É simples! Enquanto não estiver garantida a segurança geotécnica da instalação do MNA na Cordoaria Nacional e enquanto não forem realizados os adequados estudos de planeamento urbano e circulação viária, importa manter todas as condições de operacionalidade do Museu nos Jerónimos.
Nuno Roby Amorim

O Museu Nacional de Arqueologia é uma "instituição" demasiado importante para estar ao sabor de caprichos ou birras de deslumbrados com o poder.
António Carlos Silva

Para quê, passarmos a vida a tentar mudar os locais das instituições, só para mostrar trabalho? Dote-se as instituições de meios, para a sua manutenção e sobrevivência. Não é com mudanças desta natureza que se melhoram. O que está por trás desta mudança? Foi feito um estudo profundo sobre o solo, oscilações, veios de água, etc ?
José Quintanilha Mantas

«Sem comentários» - que outra alternativa não há!
José Manuel dos Santos Encarnação

Em defesa do MNA... alguns comentários (1)

Congratulo-me pela rápida iniciativa que, tenho esperança, ainda vá a tempo de ajudar a Ministra da Cultura a decidir-se. Reinstalar um Museu, com a história do MNA, é uma tarefa aliciante mas da maior responsabilidade. Os dados disponíveis apontam claramente para este facto: não há nenhuma certeza que a Cordoaria seja o bom destino!!! Para quê então enunciar o que não pode ser senão uma possibilidade como um facto indiscutível? Ficará na história a ministra se, durante o seu mandato, se realizarem os estudos necessários na Cordoaria.
Raquel Henriques da Silva

Primeiro, ouvia-se «À abordagem!» e era apenas a Torre Oca. Mas agora é bem mais grave Para além do resto, é a paralisação da investigação científica no MNA por tempo indeterminado. Simplesmente inaceitável.
Victor S. Gonçalves

A política do quero, posso e mando é inadmissível num regime que se pretende Democrático e Republicano ! A situação económica, política e moral do país não aguenta mais decisões caprichosas, contrárias à opinião unânime dos melhores especialistas em matéria de museologia e conservação do património ! o orçamento para a Cultura é demasiado escasso para poder ser desbaratado em projectos que têm por único objectivo deixar a "pegada" política de cada ministro ou secretário de Estado !
José Morais Arnaud

Em defesa das colecções do Museu Nacional de Arqueologia
Madalena Braz Teixeira

O MNA é a instituição de referência da arqueologia portuguesa há mais de cem anos. Como profissional e cidadã exijo aos nossos governantes que tratem o MNA com o respeito e dignidade que merece.
Maria José de Almeida

Trata-se da defesa de uma causa pública a qual, nos últimos tempos, parece ter sido varrida da prática de alguns governantes. A ânsia de mudar as instituições a qualquer preço, seja a sua orgânica, seja o seu espaço, requer uma planificação consistente e atempada. Qualquer atitude precipitada e que despreze opiniões técnicas consistentes, poderá conduzir a erros irreversíveis, que entrarão para a História associados aos respectivos responsáveis
Teresa Marques

Haja bom senso.
Francisco Sande Lemos

Vamos lutar pela dignificação do Património Arqueológico Nacional, salvaguardando a identidade do Nosso Património antes da ocasião de qualquer catástrofe Natural, respeitarmos e melhoramos o legado cultural do "criador" da investigação patrimonial portuguesa.
José Inácio Militão da Silva

O MNA é uma instituição de referência nacional e internacional. O apoio e disponibilidade na resolução das questões colocadas por outras colecções dispersas no território nacional fazem dele uma verdadeira instituição de serviço nacional, não é razoável por em causa um trabalho de anos para cumprir calendário. Uma iniciativa desta envergadura exige reflexão, programação e uma execução cautelosa e criteriosa.
Maria de Jesus Monge

Só a força das associações cívicas poderá deter a prepotência do Estado.
Carlos Batata

Ser solidário

Caros
Depois de ter lido todo o historial que se vem tornando como que um folhetim nos mails que recebo e no blog que, e muito bem, reforça a indignação de todos aqueles que, trabalhando, reconhecem nestas posições da Tutela uma sensação de autoridade e teimosia.
Posso aceitar a mudança do MNA para outro local mas nos moldes em que está a ser forçada não aceito.
Não aceito por várias razões.
Uma delas prende-se com esta politica de cultura que já vem do ex-ministro, completamente avulsa, sem uma metodologia e sem um planeamento para os museus em particular e para a cultura em geral.
Devo também referir que as tutelas, que tutelam, passe a redundância, a Cultura em Portugal, nomeadamente o IMC e o Igespar, funcionam um pouco contra a realidade do país, um pouco colaterais àquilo que se passa no âmbito mda cultura em Portugal.
Acrescentar pouco, mas o ser solidário, foi aquilo que me moveu a juntar-me a este processo, porque também estou na cultura, numa autarquia, e o quanto é dificil defender o nosso Património numa autarquia........
Esperando que a minha "voz" se junte à vossa e que as "mentes iluminadas" se apaguem por uma hora, assim coonsumiam menos energia e talvez ao recomeçar pudessem ter um assomo de responsabilidade nos cargos que ocupam.
Bem hajam
Carlos Fidalgo
(comentário recebido pelo e-mail gdamna@gmail.com)

Declaração do Departamento de Ciências e Técnicas do Património da Faculdade de Letras do Porto

Foi-nos agora enviada a seguinte Declaração, aprovada por unanimidade em reunião do Conselho do Departamento de Ciências e Técnicas do Património da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, realizada em 11 de Março de 2009. Sem prejuízo de tomadas de posição desta e de outras Universidades Portuguesas, mais especificamente referentes à situação actual e que sabemos estarem em preparação, esta Declaração mantém toda a validade e por isso a divulgamos neste blogue.


Os docentes/investigadores do Departamento de Ciências e Técnicas do Património da Faculdade de Letras do Porto têm seguido com atenção as notícias vindas a público quanto à remodelação da área de Belém, em Lisboa, envolvendo a construção de um novo Museu dos Coches, a alteração de instalações dos serviços de Arqueologia do IGESPAR e a relocalização do Museu Nacional de Arqueologia, instalado desde há muitas décadas na área dos Jerónimos, com tudo o que isso tem de localização simbólica.

Implicando este assunto complexas decisões técnicas e políticas, correlacionando vários patrimónios (urbanístico, museológico, artístico, arqueológico), os quais, obviamente, não são apenas patrimónios de Lisboa, mas de todo o país, cumpre manifestar a necessidade de que as soluções encontradas ou a encontrar obedeçam a um plano de conjunto, no qual nenhum património, nomeadamente o arqueológico, fique desvalorizado ou em posição de menoridade, mesmo que temporariamente, quer na sua localização, quer nas condições da disponibilização pública dos seus bens e serviços.

Essa preocupação é particularmente crucial no que diz respeito ao Museu Nacional de Arqueologia e às tarefas que executa, uma vez que, para além de outras considerações, esse museu constitui, de certo modo, o símbolo da Arqueologia portuguesa.

MAIS DE 400 ASSINATURAS EM 24 HORAS

O abaixo-assinado adoptado pela Assembleia-Geral do ICOM passou a ser a plataforma de todos os que entendem manifestar o seu apoio à luta pela ponderação e respeito devidos ao futuro do Museu Nacional de Arqueologia. Nas primeiras 24 de acesso teve mais de 400 subscrições. Entre os assinantes contam-se pessoas muito ilustres da cultura, da ciência e das artes. Iremos transcrevendo neste blogue alguns dos comentários aí introduzidos.

terça-feira, 30 de março de 2010

Petição online quer avaliação de segurança da Cordoaria para acolher Museu de Arqueologia

A Comissão Nacional Portuguesa do Conselho Internacional dos Museus (ICOM) defende a realização de sondagens na zona da Cordoaria Nacional para avaliar riscos sísmicos e de inundação do espaço que deve albergar o Museu Nacional de Arqueologia (MNA). A comissão lançou também ontem uma petição online em que apela ao "bom senso" do Governo e pede que se mantenham "todas as condições de operacionalidade do Museu nos Jerónimos".
Em causa está a transferência do MNA do Mosteiro dos Jerónimos - espaço que deverá ser entregue ao Museu da Marinha - para o edifício da Cordoaria, perto do local onde será construído o novo Museu dos Coches, e que tem sido alvo de contestação pelos arqueólogos.

Na sequência de uma assembleia geral da Comissão Nacional Portuguesa do Conselho Internacional dos Museus, a instituição lançou a petição, que tem como primeira signatária a historiadora de arte e ex-directora do antigo Instituto Português de Museus Raquel Henriques da Silva. O documento, que contava à altura da publicação deste texto com 100 assinaturas, tem como destinatário o Ministério da Cultura. Raquel Henriques da Silva escreve na petição que espera que ela "ainda vá a tempo de ajudar a ministra da Cultura a decidir-se". "Os dados disponíveis apontam claramente para este facto: não há nenhuma certeza que a Cordoaria seja o bom destino!", remata.

Na petição, a comissão nacional do ICOM frisa que é "óbvia a necessidade da realização de um programa de sondagens e de verificações in loco" para avaliar qual a situação da Cordoaria "em matéria de riscos sísmicos, maremoto, efeito de maré, inundação e infiltração de águas salgadas", lembrando o exemplo da Madeira, cujo Museu do Açúcar perdeu grande parte do seu espólio com o mau tempo.

Os peticionários sublinham ainda que Gabriela Canavilhas tinha pedido ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) um parecer sobre as condições geotécnicas da Cordoaria, manifestando estranheza perante a polémica entre a tutela e a direcção do MNA quanto à devolução da Torre Oca e ao prosseguimento do processo de transferência. E referem: "O estudo tranquilizador que se dizia ter sido pedido ao LNEC deu afinal lugar a parecer meramente pessoal do técnico convidado para o efeito".

Na semana passada, o director do MNA, Luís Raposo, dizia ao PÚBLICO que estava iminente uma "situação de ruptura" com a tutela depois de o Ministério da Cultura ter pedido que a Torre Oca fosse devolvida à Marinha depois de esta a ter cedido ao MNA em 1993. A torre é uma garantia para a Marinha, que vai ceder a Cordoaria ao MNA.O motivo pelo qual Luís Raposo considerava não ser possível abdicar da Torre Oca prende-se exactamente com o facto de ainda não conhecer provas de que a Cordoaria Nacional tem condições de segurança para receber o espólio arqueológico.

O Instituto dos Museus e da Conservação, por seu turno, reiterou de que o prazo de 8 de Maio para a devolução do espaço da Torre Oca é para manter. A situação já tinha motivado a primeira reunião das duas associações de profissionais do sector (Associação dos Arqueólogos Portugueses e Associação Profissional de Arqueólogos) no dia 20, que consideraram que a transferência do MNA é "um erro grave ou até um crime de lesa-património".

Na petição que se encontra na Internet sob o título "Em Defesa do Museu Nacional de Arqueologia", a comissão nacional pede ainda que se mantenham "todas as condições de operacionalidade do Museu nos Jerónimos" enquanto "não estiver garantida a segurança geotécnica" do novo espaço, considerando "inaceitável" a exigência de devolução iminente da Torre Oca.

O IMC mantém a intenção de transferir o MNA para a Cordoaria e garante, nas palavras do seu director, João Brigola, em declarações ao PÚBLICO na semana passada, que "o estudo geológico foi feito" e que "os riscos [que a Cordoaria representa] são os mesmos em toda a zona ribeirinha", estimando que a Cordoaria dará mais espaço expositivo ao MNA.
 
30.03.2010 - 12:47 Por Lusa, PÚBLICO

MUSEU NACIONAL DE ARQUEOLOGIA: mudar, só para melhor

[esclarecimento apresentado durante as VIII Jornadas de Primavera do ICOM Portugal, 29 de Março de 2010]


Uma vez que foi anunciada a intenção de fazer transitar rapidamente o Museu Nacional de Arqueologia (MNA) para a Cordoaria Nacional (CN), destinando-se o espaço dos Jerónimos à ampliação do Museu de Marinha ou a um novo museu, o Museu da Viagem, julgo já ser altura de dizer o que penso sobre o assunto. A tal me conduzem os deveres que tenho para com os visitantes, o Grupo de Amigos do MNA, as comunidades científicas e museológicas a que pertenço e sobretudo para com a minha própria consciência pessoal. Vejo, aliás, que o tema mobiliza as comunidades da arqueologia, da museologia e do património e começou a interessar os media. Ainda bem, porque o futuro de uma instituição centenária desta natureza é um assunto de cidadania, que ninguém poderia esperar, muito menos desejar, ficasse escondido dentro de gabinetes.

Como tenho repetido noutras ocasiões (v. por exemplo Publico, 23-12-2006), não sou, em absoluto, contra a transferência do MNA para outras instalações. Pertenci a equipas que procuraram essas alternativas e elas chegaram a estar prefiguradas em sucessivos PDMs de Lisboa (Alto do Restelo, Alto da Ajuda, terrenos anexos ao CCB, etc.). Tendo falhado todas estas hipóteses, optei na última década – e como eu todas as direcções do Instituto de tutela - por estudar, primeiro, e depois propor projectos de arquitectura muito sólidos, da autoria de Carlos Guimarães e Luís Soares Carneiro, alicerçados em sondagens e estudos geológicos realizados sob supervisão do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), visando a ampliação do MNA nos espaços já ocupados nos Jerónimos. Estes estudos e projectos foram desde 1998 acolhidos por todos os governos que precederam a actual legislatura e chegaram ser formalmente adoptados por um primeiro-ministro, que anunciou o calendário da sua execução.

Não posso deixar de considerar ser pena que se deitem agora à rua as dezenas, ou porventura centenas, de milhares de euros assim gastos. Mas, enfim, se a opção é de mudança de instalações, então o que importa assegurar é que ela seja claramente para melhor. Não podendo ser para edifício novo, pois que seja para um edifício histórico prestigiado, bem situado e sobretudo adequado às necessidades de um museu moderno, mormente daquele que é um dos mais visitados do Ministério da Cultura, o que possui colecções mais volumosas e vastas e ainda o que tem maior número de bens classificados como “tesouros nacionais”. E já agora, quanto ao espaço deixado livre nos Jerónimos, que se execute nele um projecto cultural que realmente valha a pena e honre a Democracia.

Ora, devo confessar que, não obstante a atitude positiva que sempre tenho em relação à mudança, o espírito construtivo e colaborante a que minha posição funcional me obriga e ainda a esperança que depositei na orientação política traçada pela actual Ministra da Cultura, tenho agora dúvidas que estes desideratos sejam de facto assegurados.

Em Novembro e Dezembro passados, após reuniões tidas com a tutela do MNA e directamente com a senhora Ministra da Cultura, foi traçado um caminho que me pareceu e continua a parecer sério e viável, a saber:

-mandar executar estudos geotécnicos, sob direcção de entidade idónea (que a senhora ministra anunciou à imprensa ser o LNEC), garantidores da viabilidade e condições de instalação do MNA na CN; destes estudos resultariam as obras de engenharia que fossem consideradas como condições prévias a qualquer projecto de arquitectura;

-execução de um projecto da arquitectura arrojado, respeitador da Cordoaria (ela própria classificada como monumento nacional e merecedora de todo o respeito) e do programa museológico do MNA;

-afectação de toda a CN ao MNA, reconfigurado institucionalmente de modo a incluir alguns serviços de arqueologia do Ministério da Cultura que nele poderiam desejavelmente ter lugar;

-não instalação antecipada na CN de serviços do MC, de modo a que o espaço estivesse totalmente disponível para a execução do projecto de arquitectura; correlativamente, não havendo necessidade de ocupação da CN por parte da Cultura, não entrega adiantada à Marinha de espaços nos Jerónimos, mantendo aqui o MNA toda a sua capacidade operacional, até que pudesse ser transferido para a CN, em boa e devida ordem.

Nos últimos dois meses parece que toda esta estratégia foi abandonada, sem que se perceba muito bem porquê. Talvez apenas pelo que se quer fazer nos Jerónimos e não propriamente pelo interesse na melhoria do MNA. Importa recordar que a ideia de afectar o sector oitocentista dos Jerónimos em exclusivo à Marinha, de forma clara (ampliação do Museu de Marinha) ou encapotada (Museu da Viagem, colocado em instalações alienadas para a Marinha, bem diferente do que seria um tal museu antropológico e civilista, sob tutela exclusiva da Cultura), limita-se a ressuscitar o antigo projecto do Estado Novo, sob impulso do almirante Américo Thomaz, que teve golpe de finados quando o Conselho da Revolução, em Janeiro de 1976 (no rescaldo do 25 de Novembro e quando País corria o risco de uma deriva cesarista), entendeu publicar um decreto hoje risível, no qual se impunha a transferência para a Marinha de todos os espaços dos Jerónimos não afectos ao culto. É irónico que este projecto seja retomado agora, mas… é a vida. Na condição em que subscrevo este texto, apenas me cumpre assinalar esta entorse cívica. Todavia, na mesma condição, cumpre-me mais, cumpre-me denunciar a extraordinária situação para que um museu mais do centenário e um acervo tão vasto e estruturante para o País são atirados, tratados como meros empecilhos para que uma opção política de regime possa rapidamente ser executada. Em ditaduras terceiro-mundistas não se faria diferente.

Quanto ao edifico da CN o problema não é tanto político mas técnico e altamente complexo, fazendo todo o sentido os cuidados na sua abordagem, acima sumariados. Trata-se de uma proposta que tem meio século, ressurge ciclicamente e foi sempre recusada com base em pareceres técnicos credíveis. Mudaram entretanto as circunstâncias ? Talvez. Mas apenas se alguém com competência bastante puder agora garantir a inexistência ou o adequado controlo dos riscos sísmicos, de inundação, impacte de marés, etc. que são reconhecidos naquele preciso local (edificado sobre o estuário do rio Seco num local, “Junqueira”, que significa pântanos de juncos) e arriscam conduzir a uma catástrofe para o acervo histórico nacional que o MNA guarda. E se outro alguém garantir depois a mobilização dos meios financeiros suficientes para a profunda requalificação do quarteirão inteiro da CN, onde nalguns sectores se verifica uma quase ruína e noutros as coberturas são em telha vã, os pavimentos são irregulares, estão saturadas em sais marinhos, etc., etc. Ora, a única coisa que até aqui me foi apresentado em sentido tranquilizador, foi um parecer dado a título individual por um antigo técnico LNEC, certamente competente, mas que não responsabiliza mais do que o seu autor. O Grupo de Amigos do MNA obteve estudo de outro técnico muito credenciado e que vai em sentido contrário; eu próprio recolhi pareceres de dois dos mais reputados especialistas portugueses em engenharia sísmica – e todos concordam em alertar para o risco efectivo e elevado que existe no local da CN.

Talvez assim se compreenda melhor porque atribuo a esta matéria tanta importância. Talvez se entenda porque não posso em consciência, neste momento, considerar como definitivamente adquirida a transferência do MNA para CN. E, por outro lado, também assim talvez se possa melhor perceber porque considero inaceitável executar desde já o despejo de parte do MNA nos Jerónimos – situação que seria sempre anómala (e desnecessária, porque não existem agora pressões para colocar quaisquer serviços da Cultura na CN), porque o que faria sentido, conforme o acordado inicialmente, era que o Museu apenas desocupasse os espaços actuais quando mudasse de instalações, após as obras profundas de arquitectura a que a CN deverá inevitavelmente ser submetida.

Continuo, pois, a aguardar a apresentação pública de estudos que garantam a segurança do acervo do MNA na CN. Aguardo, logo depois, a abertura de concurso público ou o convite a arquitecto consagrado para desenvolver o projecto que se impõe, tudo isto sem esquecer os estudos urbanísticos da zona envolvente, de modo a precaver, e potenciar, o fluxo das várias centenas de milhar de pessoas que passarão anualmente a frequentar uma zona em que se irão colocar lado a lado os dois mais visitados museus do Ministério da Cultura.

No entretanto, o MNA continuará a servir da melhor forma que puder os seus utilizadores, no cumprimento do programa cívico que Leite de Vasconcelos concebeu e Bernardino Machado adoptou. As iniciativas públicas já tomadas em torno do futuro do MNA, com especial relevo para o espírito combativo demonstrado pelo nosso Grupo de Amigos e para os oferecimentos de activa solidariedade por parte de personalidades as mais diversas, das associações científicas e profissionais, das universidades e das autarquias, reconfortam-me e dão fé de que a sociedade civil não está adormecida.

Luís Raposo
Director do Museu Nacional de Arqueologia, 29 de Março de2010.

Bloco de esquerda requer parecer relativo às condições de geotecnia do edifício da Cordoaria Nacional

O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda no seguimento das respostas do Ministério da Cultura à pergunta n.º 1323/XI/1ª e ao requerimento 176/XI/1ª, de iniciativa deste grupo parlamentar, sobre a avaliação das condições geológicas e geotécnicas da Cordoaria Nacional para a instalação do Museu Nacional de Arqueologia, ficou a saber que o Ministério da Cultura apenas solicitou um parecer relativo a eventual “agravamento” das condições de geotecnia do edifício da Cordoaria Nacional, face às condições existentes no Mosteiro dos Jerónimos.

O BE foi também informado pelo Ministério da Cultura que os estudos existentes sobre a avaliação das condições geológicas e geotécnicas da Cordoaria Nacional para a instalação do Museu Nacional de Arqueologia, nomeadamente do Grupo de Amigos do Museu Nacional de Arqueologia e do Director do Museu Nacional de Arqueologia, - e que indicam que é de prever a existência de condições geológicas e geotécnicas muito mais adversas na Cordoaria Nacional do que no Mosteiro dos Jerónimos, pelo que se torna evidente que, sem mais dados, incluindo sondagens in loco na Cordoaria Nacional, é totalmente irresponsável pensar na instalação do MNA nesse local -, se encontram no Instituto de Museus e da Conservação, I.P., e podem ser consultados em horário de expediente. Neste sentido, o Bloco de Esquerda requer ao Governo, através do Ministério da Cultura, o parecer elaborado pelo Prof. Eng. António Gomes Coelho relativo ao eventual "agravamento" das condições de geotecnia do edifício da Cordoaria Nacional, face às condições existentes no Mosteiro dos Jerónimos. Veja o Requerimento apresentado em: http://beparlamento.esquerda.net/media/RMCMNA.pdf

segunda-feira, 29 de março de 2010

Notícia do “Diário de Notícias" de 25 de Março de 2010


“Na entrevista emitida hoje, a responsável da Cultura admitiu ainda a possibilidade de demitir também o diretor do Museu Nacional de Arqueologia (MNA), Luís Raposo.
Em causa está a contestação de Luís Raposo à transferência do Museu que dirige para novas instalações, na Cordoaria Nacional, a algumas centenas de metros da localização actual, no Mosteiro dos Jerónimos.
Em declarações posteriores à Antena 1, o director do Museu Nacional de Arqueologia contrapôs que dirige aquele espaço há 14 anos e que não foi nomeado politicamente, mas através de concurso público.
Esta semana, associações representativas do sector da arqueologia entregaram no Ministério da Cultura uma declaração conjunta manifestando "profunda inquietação" pela transferência do Museu do Mosteiro dos Jerónimos para a Cordoaria Nacional.
Recentemente, o director do MNA mostrou-se igualmente preocupado com os resultados de um parecer geológico e geotécnico sobre a zona em que assenta o edifício da Cordoaria e que apontava para um risco sísmico "elevado a muito elevado".”

quinta-feira, 25 de março de 2010

Declaração aprovada por unamimidade na assembleia de arqueólogos e técnicos de arqueologia promovida conjuntamente pela Associação dos Arqueólogos Portugueses e pela Associação Profissional de Arqueólogos


Ao tomar conhecimento das actuais intenções políticas de transferência do Museu Nacional de Arqueologia das instalações onde se situa há mais de um século, no sector oitocentista do Mosteiro dos Jerónimos, para a Fábrica da Cordoaria Nacional, a assembleia de arqueólogos e outros técnicos na área do património cultural, reunida em 20 de Março de 2010 no referido Museu, por iniciativa conjunta das Associação dos Arqueólogos Portugueses e Associação Profissional de Arqueólogos, entende exprimir, perante o País, a sua profunda inquietação pelos eventuais danos que possam vir a ser causados em tão respeitada instituição, verdadeira “casa da arqueologia” portuguesa e um dos mais prestigiados e visitados museus da rede de Museus Nacionais do Ministério da Cultura.


Pela sua história, pelo seu acervo, pelas suas estreitas ligações com as comunidades científicas e com o sistema de ensino, pela sua ampla actividade cultural, o Museu Nacional de Arqueologia exige a maior ponderação e respeito, sobretudo quando pode estar em causa o seu futuro a longo prazo.

A necessidade de ampliação de instalações, sentida desde há muito, deveria ser considerada pelo Governo como uma prioridade nacional, dando origem à construção de raiz de um novo complexo museológico, bem localizado e capaz de corresponder as múltiplas valências do Museu, incluindo as que pudessem decorrer de uma reconfiguração dos serviços de arqueologia dentro do Ministério da Cultura. A transferência para edifício pré-existente deveria sempre ser entendia como mero recurso, não podendo nunca redundar em prejuízo do Museu.

É neste contexto que a transferência do Museu Nacional de Arqueologia para a Fábrica da Cordoaria Nacional causa a maior apreensão, podendo revestir a condição de erro grave ou até de crime de lesa património. Tratando-se de um projecto com mais de meio século, iniciado no contexto da ideologia e do programa político do Estado Novo, é conhecido que nunca foi levado à prática devido aos sucessivos e sistemáticos pareceres negativos, que foi recolhendo a nível técnico. Está em causa a própria Cordoaria Nacional, classificada pelo Estado Português como monumento nacional e, como tal, merecedora de toda a consideração. Estão em causa os custos de todo o pesado projecto de transformação daquele conjunto monumental, para nele Instalar o Museu – custos que a generalidade dos especialistas consideram poderem ser superiores à construção de raiz e que não se compreende como podem ser acomodados às orientações de política económico-financeira estabelecidas pelo PEC, que obviamente os desaconselha ou até os impede serem assumidos. Estão ainda em causa as condições geológicas e geotécnicas do referido local, que devem ser estudadas aprofundadamente. Está finalmente em causa a manutenção das capacidades operacionais do Museu nas suas actuais instalações e o não comprometimento de possíveis projectos futuros de remodelação, como vinha sendo a opção de sucessivos Governos até há dois anos atrás, caso se verifique a impossibilidade de transferência para outra localização.

Ou seja, está causa algo de demasiado sério para que a decisão seja tomada por mera intenção política circunstancial. Os responsáveis políticos não dispõem de legitimidade democrática para decidirem contra o sentimento comum dos cidadãos e sem o adequado suporte técnico.

Os arqueólogos e outros especialistas reunidos nesta data, solicitam às duas Associações promotoras que transmitam esta tomada de posição ao País e aos responsáveis do Ministério da Cultura e declaram que continuarão a acompanhar atentamente toda esta problemática, não se inibindo de apoiar e participar activamente no movimento de resistência cívica que as circunstâncias porventura venham a exigir.

Lisboa, 20 de Março e 2010.


(declaração aprovada por unanimidade na assembleia de arqueólogos e técnicos de arqueologia promovida conjuntamente pela Associação dos Arqueólogos Portugueses e pela Associação Profissional de Arqueólogos, em 20 de Março de 2010, no Museu Nacional de Arqueologia)

Artigo para Prof.ª Raquel Henriques da Silva na revista "L+Arte" de Março de 2009



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Desenho humorístico do Jornal "Sempre Fixe" de 15 de Fevereiro de 1956

 
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Notícia do jornal "O Público" de 27 de Fevereiro de 2009


 
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Notícia do Jornal "Diário de Notícias" de 11 de Dezembro de 2009


 
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Notícia do jornal "Público" de 29 de Janeiro de 201

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terça-feira, 9 de março de 2010

O GAMNA já tem um Blogue!

O Grupo de Amigos do Museu Nacional de Arqueologia foi criado em finais de 1999 com o objectivo de apoiar as actividades e função social do Museu Nacional de Arqueologia, tanto em Portugal como no estrangeiro. 

O Grupo de Amigos do Museu Nacional de Arqueologia (GAMNA) possui cerca de seis centenas de sócios, com as mais diversas profissões (artistas plásticos, políticos, escritores, professores, jornalistas, sacerdotes, arquitectos, juristas, gestores de empresas...), orgulhando-se de ser na actualidade o maior e mais activo Grupo de Amigos dos museus portugueses.

No âmbito da sua missão, o GAMNA organiza actividades diversas, de que se salientam as visitas guiadas ao Museu (exposições e bastidores) e a outras instituições similares, os ciclos de conferências e cursos intensivos, a aquisição de equipamento diverso e de bibliografia para a biblioteca do Museu e a edição de brochuras e livros de interesse didáctico. Anualmente, o Grupo promove ainda, para os seus sócios, visitas de estudo a sítios arqueológicos em Portugal e no estrangeiro.

Os sócios do GAMNA beneficiam de regalias diversas (entrada gratuita no Museu, descontos na loja, em edições do Museu, etc.). Pagam uma quota anual fixada pela Assembleia-Geral do Grupo (25,00 Euros, como quota mínima na actualidade; 15,00 Euros, para o caso de estudantes). Podem ser sócios (efectivos, beneméritos ou honorários) pessoas singulares maiores de dezasseis anos e pessoas colectivas de natureza pública, cooperativa ou privada.

Para se tornar sócio do GAMNA, basta pedir e prencher a proposta de candidatura no balcão do Museu ou por e-mail: gamna@mnarqueologia-ipmuseus.pt.