Entre as diversas tomadas de posição do novo SEC sobre a política dos museus, algumas feitas já durante a campanha eleitoral, chamando-lhe “experimentalista”, conta-se esta, especificamente sobre a questão da passagem do Museu Nacional de Arqueologia para a Cordoaria Nacional.
É naturalmente grande a expectativa de que possa finalmente haver agora algum bom-senso nas cabeças dos governantes, depois de terminado o ciclo do inefável Summavielle e da sua obsessão, talvez "guerra privada", em fazer cumprir cinquenta depois o projecto do Estado Novo para o MNA.
Blog
Em Portugal é fácil fazer leis e enumerar projetos. Parte das leis são tão boas que não se destinam a ser cumpridas.
15 Abril 2010
Correio da Manhã
Por: Francisco José Viegas, Escritor
Quanto aos projetos, basta anunciá-los, como tem acontecido a vários museus – o da Língua Portuguesa (o Brasil tem um, magnífico, que devia encher-nos de orgulho), o do Mar e, agora, o da Viagem ou dos Descobrimentos Portugueses.
Planear um museu, justificá-lo, programá-lo, construí-lo e reunir os fundos necessários são etapas de um longo caminho. Seria lamentável que o currículo da ministra da Cultura, que tem corrigido vários passos em falso cometidos antes do seu consulado, anunciasse mais um projeto tão volátil como os anteriores. Esperemos que a polémica sobre a nova localização do Museu de Arqueologia não seja apenas um pretexto ainda mais volátil.
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