O FUTURO DO MUSEU NACIONAL DE ARQUEOLOGIA EXIGE PONDERAÇÃO E RESPEITO


Com a publicação da saudação do Dr. Luís Raposo aos Amigos do MNA, do artigo do jornal Publico e da notícia da Antena 1, todos abaixo transcritos, chega ao fim a missão deste blogue independente,
feito por alguns amigos do MNA.

A luta travada nos últimos anos em defesa do MNA, impedindo a sua transferência para a Fábrica da Cordoaria Nacional, foi coroada de êxito.

Ao Dr. Luís Raposo desejamos as maiores venturas na continuação da sua carreira profissional.

Se um dia o MNA voltar a estar em perigo, regressaremos,

porque por agora apenas hibernamos.




quarta-feira, 16 de maio de 2012

"Faz falta um museu dedicado às origens dos portugueses" - diz Elísio Summavielle

Reproduzimos notícia de hoje da LUSA, segundo o DN, acompanhada sugestivamente por imagem de Aljubarrota ou algo idêntico, em que Elísio Summaviella o anterior Secretário de Estado da Cultura do Governo Sócrates e futuro Direto-Geral do Património Cultural do Governo Passos Coelho, diz que para os Jerónimos até poderia ir o que já lá está desde o início, um museu das "origens dos portugueses". Terá mudado de opinião relativamente ao Museu dos Descobrimentos ? Ou o "museu das origens" que agora defende ser criado é apenas mais uma forma de pretender diminuir o MNA - o único museu com colecções capazes de contar as origens etno-arqueológicas portuguesas - assim lhe dêem condições para o efeito ?



O diretor-geral do Património Cultural (DGPC), Elísio Summavielle, defendeu hoje a criação, em Lisboa, de um museu "dedicado às origens dos portugueses, com menos espólio e mais comunicação".


Numa entrevista à agência Lusa a propósito do Dia Internacional dos Museus, que se celebra a 18 de maio, sexta-feira, o responsável considerou que "a falta de um museu que explique quem são os portugueses - as suas origens - é uma lacuna".

"Não falo num museu sobre a língua portuguesa, como existe no Brasil, mas um museu sobre a portugalidade", que pudesse ficar instalado no Mosteiro dos Jerónimos "ou noutro espaço em Lisboa, como a Praça do Comércio".

Sobre o projeto da anterior tutela para transferir o Museu Nacional de Arqueologia do Mosteiro dos Jerónimos para o edifício da Cordoaria, Elísio Summavielle indicou que "está suspenso, devido aos atuais constrangimentos financeiros".

No quadro desse projeto, foram feitos estudos sobre o edifício da Cordoaria Nacional, na avenida da Índia, "que indicaram uma solidez estrutural adequada, mas, neste momento, não se podem gastar 15 milhões de euros para adaptar o espaço ao museu e transferir o espólio de arqueologia".

O projeto envolvia também o Museu de Marinha, instalado nos Jerónimos, mas Elísio Summavielle considera que poderiam ser envolvidas outras tutelas, como a do Turismo.

Sobre outros projetos em curso, reiterou que o novo Museu Nacional dos Coches, um projeto assinado pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha, "deverá abrir no final de 2013, princípio de 2014".

Quanto ao Museu da Música - como já foi anunciado pelo secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas - deverá ir para Évora, para o Convento de São Bento de Castris, embora a falta de verbas venha a atrasar a sua concretização.

"O espólio do Museu da Música é muito importante e ali, num edifício histórico, terá muito espaço, até para realizar ateliês e 'workshops'", sublinhou o responsável, acrescentando que, quando houver verbas disponíveis, terá condições "para ser um museu exemplar".

Neste momento, o convento está a ser alvo de obras de recuperação, nomeadamente nos telhados.

No âmbito de um acordo com o Metropolitano de Lisboa, o Museu da Música manterá as instalações na estação do Alto dos Moinhos até ao final de 2013, indicou o responsável da DGPC.

Com a aprovação da nova orgânica da Secretaria de Estado da Cultura (SEC), o Instituto dos Museus e da Conservação (IMC), que tutela 28 museus e cinco palácios nacionais, passa a estar integrado - tal como o IGESPAR (Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico), na nova estrutura da DGPC.

De acordo com a nova orgânica, as Direções Regionais de Cultura do Norte, Centro, Alentejo e Algarve vão passar a gerir museus e palácios da rede nacional que estão na sua área geográfica.

O Museu do Abade de Baçal, o Museu Alberto de Sampaio, o Paço dos Duques, o Museu dos Biscainhos, o Museu D. Diogo de Sousa, o Museu de Lamego, o Museu de Etnologia do Porto, o Museu da Terra de Miranda, o Museu de Aveiro, o Museu Francisco Tavares Proença Júnior, o Museu da Guarda, o Museu da Cerâmica, o Museu José Malhoa, o Museu Etnográfico e Etnológico Dr. Joaquim Manso e o Museu de Évora vão passar para a competência das respetivas Direções Regionais de Cultura.

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