O ciclo de conversas de fim de tarde do GAMNA encerrou hoje com chave de ouro. Maria Helena da Rocha Pereira e José Cardim Ribeiro apresentaram duas exposições de grande erudição, constituindo cada uma à sua maneira elegias do tempo e das memórias que ele nos deixou.
Maria Helena da Rocha Pereira escolheu três monumentos ou conjuntos monumentais dos mais emblemáticos da Antiguidade Grega - Delfos, Olímpia e Parténon – para nos revelar como neles existe uma corrente quase continua de afeição, que vai desde os seus originais autores até à actualidade.
José Cardim Ribeiro situou-se no Renascimento, tendo o agros olissiponense e mais precisamente o município sintrense como centro d e uma Finisterra onde o Sol e o Oceano se fundem, como sugestivamente acaba de ser documento em epígrafe acaba de descobrir no antigo santuário do Sol e da Lua, finalmente localizado. Neste cenário, fez-nos participar numa deambulação por pedras com letras, guiados por Mestre Resende, mas onde não faltavam outros eminentes vultos da época.
Em geral, o que resultou desta demanda, foi a de que as memórias antigas se encontram sempre em reescrita e que esta não constitui reserva de académicos, mas é antes um terreno de afirmação de cívico de cidadania.
Foi, aliás, este impulso que mais uma vez uniu todos os presentes na defesa do MNA, situado nos Jerónimos, como enfatizou Maria Helena da Rocha Pereira, tendo sido muito bem recebida a notícia da aprovação pela Assembleia da República de Resolução que exige ao Governo a suspensão de todos os projectos de mudança, abrindo assim espaço a maior e mais esclarecida reflexão.
Aspectos gerais da sessão, presidida por Maria do Sameiro Barroso, da direcção do GAMNA
Maria Helena da Rocha Pereira no uso da palavra.
José Cardim Ribeiro no uso da Palavra.
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