O jornal Expresso de ontem passa em revista, ministério a ministério, os projectos que vão ser abandonados por causa da crise que, no dizer o primeiro-ministro, mudou a Europa em poucos dias. No caso do Ministério da Cultura inclui-se nessa lista o novo Museu dos Descobrimentos ou da Viagem, tão defendido pela ministra, que antes de ser já não era.
Pergunta-se: que efeito poderá ter abandonar aquilo que em declarações sucessivas do secretário de Estado e do director do IMC era apenas “uma ideia”, “um conceito”, sem real substância ? Se se quer efectivamente reduzir despesas, então o projecto a abandonar será o da transferência do MNA para a Fábrica da Cordoaria Nacional, que tem como rampa de lançamento 15 milhões de euros, devendo ser pelo menos o dobro ou até o triplo ou quádruplo, no caso de ser preciso fazer reforços estruturais do edifício e reorganização do sistema de escoamento de águas da zona envolvente.
Ou será que a lista de projectos a abandonar foi preparada pelo Conselho de Secretários de Estado e passa também por aqui a guerra surda a que vimos assistindo no confronto de comunicados e tomadas de posição entre a ministra da cultura e o secretário de Estado da cultura, a propósito dos projectos que cada um deles quer executar com os salvados do MNA, depois de executado o despejo ?
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