O FUTURO DO MUSEU NACIONAL DE ARQUEOLOGIA EXIGE PONDERAÇÃO E RESPEITO


Com a publicação da saudação do Dr. Luís Raposo aos Amigos do MNA, do artigo do jornal Publico e da notícia da Antena 1, todos abaixo transcritos, chega ao fim a missão deste blogue independente,
feito por alguns amigos do MNA.

A luta travada nos últimos anos em defesa do MNA, impedindo a sua transferência para a Fábrica da Cordoaria Nacional, foi coroada de êxito.

Ao Dr. Luís Raposo desejamos as maiores venturas na continuação da sua carreira profissional.

Se um dia o MNA voltar a estar em perigo, regressaremos,

porque por agora apenas hibernamos.




sexta-feira, 7 de maio de 2010

Qualificação científica, ética profissional e políticas que prossigam o interesse público – o triângulo em que assenta a defesa do património cultural

Em mais uma “conversa de fim de tarde", falou-se hoje da patrimonialização em arte e arquitectura. Foram intervenientes os professor doutor Vítor Serrão e o professor arquitecto José Aguiar, tendo sido moderador o vice-presidente do GAMNA, o professor doutor Luís Manuel Araújo.
Vítor Serrão referiu-se à dimensão trans-contextual e trans-disciplinar do património artístico e cultural em sentido lato. Repudiou em especial a oposição entre “património morto” e “património vivo” – defendendo a tese de que todo o património é património do presente, na medida em que está permanentemente a ser reinterpretado e reapropriado.
José Aguiar referiu-se à evolução das ideias sobre os conceitos de restauro e reconstrução dos monumentos, das cidades e das paisagens, tendo dado abundantes exemplos de situações de descaracterização ou até de destruição de bens patrimoniais sob os pretextos os mais variados, alguns supostamente modernos e ditados por teorias vanguardistas desrespeitadoras do valor que mais deveria orientar a intervenção em património: o menos é o mais, ou seja, intervir o menos possível.
No período de debate emergiram dois tópicos que concitaram o consenso dos presentes: a importância do inventário, como base indispensável para qualquer política de património; a extrema preocupação com que se devem encarar intervenções pesadas em meio urbano histórico estabilizado, quando se pretendem fazer pseudo-recuperações que mais não são do que operações desalojameto dos moradores, em nome de projectos de especulação imobiliária. Neste contexto foi dado o exemplo em curso em Évora, que poderá vir a justificar uma ampla mobilização social.
Ambos os oradores manifestaram ainda a sua solidariedade com a luta actualmente travada pelo GAMNA em defesa do MNA.


Aspecto geral da sessão

A mesa: José Aguiar, Luís Manuel Araújo, Vítor Serrão.

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