O Bloco de Esquerda (BE) entregou hoje no Parlamento um projecto que pretende suspender a transferência dos museus de Arqueologia e dos Coches da zona de Belém, em Lisboa.
O grupo parlamentar bloquista propõe ao Governo que “suspenda todas as acções relativas à transferência de museus e à criação de novos museus no eixo Ajuda/Belém, até à elaboração de um plano estratégico”.
Este plano, segundo o BE, deve incluir a “avaliação de infraestruturas, projectos museológicos, estudo de públicos e acessibilidades, previsão de custos, fontes de financiamento e calendarização”.
Considerando que “o conjunto de museus do eixo Ajuda/Belém consubstancia um caso singular de sucesso em Portugal”, o grupo parlamentar bloquista propõe “um amplo debate público”.
Este debate “sobre as alterações aos museus” deveria envolver associações dos sectores da museologia e conservação, Câmara de Lisboa, Associação de Turismo e “especialistas nacionais e internacionais das áreas do património, da museologia e da arquitectura”.
O BE quer ainda que seja feita uma “sondagem às fundações” da Cordoaria Nacional, à Junqueira, pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil, “para averiguar as condições de estabilidade e de segurança daquele património, tendo em conta as características do edifício e do local onde está implantado” e para onde está previsto mudar o Museu de Arqueologia.
O BE pretende também que se “avalie os vários projectos museológicos e sua relação com os edifícios existentes, bem como com novos edifícios a construir, face às necessidades dos museus que já existem e à eventual criação de novos museus ou unidades museológicas”.
O último ponto do projecto de 11 páginas propõe que se efectue um “plano estratégico para a reconfiguração do conjunto de museus no eixo Ajuda/Belém”.
Este plano, segundo o texto, deve incluir a “avaliação de infraestruturas, projectos museológicos, estudo de públicos e de acessibilidades, bem como de sustentabilidade das instituições, previsão dos custos, fontes de financiamento e calendarização de todas as acções relativas à transferência de museus e à criação de novos museus no eixo Ajuda/Belém”.
Afirmam os bloquistas que “não tem sentido iniciar movimentos de reconfiguração que põem em causa as instituições e a sua relação com os públicos, bem como as colecções e projectos museológicos, sem fundamentação e estudo aturado das condições e previsão de custos dessas alterações”.
Para o BE, “não é aceitável iniciar um processo que pode ser travado a todo o tempo por problemas de infraestruturas, financiamento ou exigências museológicas”.
13.04.2010 - 19:22 Por Lusa
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